A portaria de um prédio é o ponto de entrada e saída de toda a vida condominial: moradores, visitantes, entregadores, prestadores de serviço e fornecedores passam por ela diariamente. Por isso, o porteiro exerce uma função essencial de segurança, organização e controle. No entanto, nem sempre é tratado com o devido respeito.
Tratar o porteiro como um assistente pessoal ou se referir a ele com grosseria é uma distorção da relação condominial. Assim como qualquer profissional, ele deve ser respeitado nos limites de sua função.
Atribuições reais da portaria
As responsabilidades da portaria variam de condomínio para condomínio, mas algumas funções são comuns:
- Controle de entrada e saída de pessoas;
- Registro de visitantes e prestadores de serviço;
- Monitoramento de câmeras e sistemas de segurança;
- Recebimento de correspondências e encomendas;
- Contato direto com síndico e administração em situações emergenciais.
Em geral, o porteiro não está autorizado a:
- Cuidar de animais ou plantas de moradores;
- Subir em apartamentos para prestar favores;
- Resolver conflitos entre vizinhos;
- Realizar tarefas domésticas.
Comportamentos comuns (e inadequados) com porteiros
1. Fazer pedidos fora da função
Solicitar que o porteiro retire o lixo, receba encomenda pessoal ou chame táxi vai além de suas obrigações.
2. Usar tom autoritário ou desrespeitoso
Educação é essencial em qualquer relação profissional. Gritos e exigências excessivas são inaceitáveis.
3. Ignorar orientações ou regras repassadas
Reclamar de procedimentos que visam a segurança do prédio é desrespeitar o papel institucional do porteiro.
4. Expor o profissional em grupos de mensagens
Reclamar publicamente antes de conversar diretamente pode gerar constrangimento desnecessário.
5. Não agradecer ou cumprimentar
Pequenos gestos de cortesia são valiosos para um ambiente mais harmonioso.
Passo a passo para uma relação respeitosa com a portaria
Passo 1: Conheça os limites das funções do porteiro
Entenda até onde vai a obrigação profissional para evitar pedidos indevidos.
Passo 2: Trate com empatia e gentileza
Cumprimente, agradeça, olhe nos olhos e reconheça o trabalho do outro.
Passo 3: Siga os protocolos de segurança
Não tente “furar” regras nem pressionar o porteiro para liberar acesso fora das normas.
Passo 4: Resolva problemas com maturidade
Se houver falha, procure o síndico ou administração de forma privada e objetiva.
Passo 5: Incentive boas práticas entre os vizinhos
Comente positivamente quando algo for bem feito e estimule o respeito coletivo.
O respeito à portaria reflete o respeito ao coletivo
O modo como você trata os funcionários do condomínio impacta diretamente no clima entre os moradores. Um ambiente onde o profissional é valorizado tende a ser mais organizado, seguro e leve.
Lembre-se: a função do porteiro é institucional, e não pessoal. Valorizar esse papel é sinal de civilidade e inteligência emocional.